quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

ai que saudades desse tempo!!!

aqui fica o meu testemunho aquando da minha passagem por Quelimane:
ainda hoje recordo e ja la vao 44 anos todos aqueles momentos inexqueciveis vividos por aquelas bandas e sou daqueles que posso dizer que os vivi c/ uma intensidade marcante a todos os niveis. comecamos por viver na rua joao belo e posteriormente na vivenda mandada construir pelo meu falecido Pai na avenida de lisboa(cinacura), bem pertinho do bazar. estava cercado por saudosos Amigos: Pinto e Costa, Luis martins Costa, Helder Araujo, Celeste Medeiros, Cunha Ferreira, Patricios(bombas de gasolina) e mercearias Patricio, Alda Peres da Silva, Santos melo(largo da biblioteca), Fretchaut(meu treinador de futebol/sporting), Renato e como meu vizinho do lado o Joao Carlos e Jo cujo os Pais eram os donos da sapataria de Quelimane.
pela minha passagem no colegio paulo VI(EXTERNO), marcou-me em quase tudo o que sou hoje pela positiva e devo tudo isso tambem ao meu Pai por me ter mandado para la na melhor altura pois eu era um terror em pessoa e c/ aquele regime e mudanca de idade, fizeram o restante. como lhe estou grato pois como bem sabeis nao era nada barato e ja la tinha a minha irma Natercia. tambem reconheco que esse mesmo regime fez e marcou amigos meus pela negativa que todos tiveram que lidar pelos anos fora. na parte que me toca, obrigado Tiago, Alegria, Celeste, Herminia, Cunha Ferreira, Carvalhais, Arboleda aonde quer que estejais. queria aqui recordar bons amigos da minha turma do meu ultimo ano pelo colegio(quinto ano): para alem da minha irma, marisa,ana maria cabral,filomena felix,isabel bobonne,ana peres da silva,quim patricio,ze vouga,ribeiro(piturra),sousa coelho(lapin),emidio,olimpio,manecas santos,renato,o meu querido pico(da guarda),sousa martins,fernando rosa, manuel antunes e perdoem-me os que olvidei pois a memoria ja me atraicoa...
cheguei a quelimane c/ seis anos de idade, vindo de lisboa de barco(niassa) e ainda hoje sinto o cheiro daquela terra, das fortes tempestades e em segundos um explendido dia de sol, das queimadas, das pescas, da caca(muto), das peladas sem fim(sim, sou do tempo de ainda fazer bolas das peugas) foi e e o meu hobby predilecto, das praias mundimo e zalala onde aprendi a conduzir com o jipe do meu pai pela primeira vez, a passagem pela mocidade portuguesa, as primeiras aulas de natacao na piscina de quelimane pelo sr. Victor, com o grupo da bola, irmos ao entao monteiro&giro desviar artigos bem como ao Riviera, as celebres passeatas ao domingo a tarde pela marginal onde se acompanhava o relato de futebol em portugal e lancar uns piropos as donzelas da n/ terra, ir a matine aos domingos ao cine teatro aguia e ver passar a minha amada era ponto obrigatorio, ir pelo clube que representava ao Luabo, Mocuba, Vila-Pery, Tete,Nampula, etc., percorrer os 2000 hectares no terreno que tinhamos em nicoadala.
passei ainda a independencia de mocambique e em janeiro de 1976 aterro em Lisboa. ja nao ha adjectivos para designar o estado de choque por que todos passamos por essa subita mudanca. esse Povo, hoje espalhado pelo mundo inteiro tem dado mais que provas evidentes que soubemos ultrapassar os momentos de maior tedio ate aquilo que somos hoje. nao sei se ja vos aconteceu tambem, mas todos estes anos tem sida uma luta entre o meu consciente e subconsciente para la voltar e ainda nao estou preparado para tal. por um lado, queria recordar todas aquelas imagens inolvidaveis para todo o sempre mas existe o outro lado que me diz que tenho e preciso de la voltar eo que tiver que ser, sera!
as minhas saudacoes democraticas e cuidai de vos.
um abraco amigo de ate sempre,
vitor vila.

6 comentários:

Jorge Silva disse...

A intensidade c/ que viveste Quelimane esta bem patente to teu texto. Avivaste nomes e lugares que o tempo erodiu.
Abraco
Jorge

Anónimo disse...

Olá Vítor!

Pois é...tempos de grandes vivências!
Tempos especiais, que também a mim me marcaram profundamente. Vivi lá uma parte da minha vida que me deixou memórias muito intensas. Presumo que pelas condições muito particulares daqueles tempos, por aquela forma de viver e também pelas circunstâncias abruptas em que aquele "mundo" terminou...

Helder Araújo

fernando rosa disse...

Caro Amigo Vítor
Este testemunho é uma viagem no tempo que nos faz viver porque apesar de tudo a mãe África continua bem viva em cada um de nós. Foi muito bom voltar a saber de ti.
Um abraço
Fernando Rosa

Anónimo disse...

Um abraço também ao Vitor Vila do Joel,Herberto e Teodósio cabral Faria e a todos ex-colegas.

Joel Cabral Faria
(joel_fatima@iol.pt)

Anónimo disse...

Nos sempre temos saudade de Chuabo.Uma linda parasio foi destruido pela communista.Anos de setenta e de oitentas nao havia nada,so havia fome,miseria.casa patricio,padaria branquinha,sapataria de Quelimane,Monteiro Giro,casa natubai era na ruina.Gostei muito sua comentario.Lacrima esta quase sair.

Michel Pinto e Costa disse...

Muito bom ler esse texto!!!!